sábado, 28 de maio de 2011

filhos e despedidas

Como dói a partida de um filho,
Gritando que quer ficar,
E a mão ao alto em sinal de Adeus,
Estancada no rosto a lágrima que insiste em cair.

E saber que mesmo o sorriso confiante teu,
Esconde, a dor de quem amadurece a força,
E o medo de não poder ser inteiro,
Sempre em parte,
Sempre parte.

E logo isto, logo isto,
Que sempre foi o sonho,
O imperfeito mais perfeito,
Cada gesto uma poesia, um retrato,
Hoje, que gosto amargo.

Já estamos evoluídos,
Adequados a nosso mundo tão lindamente
Moderno,
Que separa pais e filhos em nome dos novos padrões.

Pais modernos, casais modernos,
Modernamente tristes,
Modernamente fracos,
Em suas armaduras de algodão.

É natural, sei,
Natural, tudo passa , se conforma né?
E lá dentro, as marcas. Áh , há marcas!!!
Que nem notamos arderem quando falamos,
Feridas abertas, cobertas com suave pano,
Quando removido, leva a casca e sangra.

E é sangrando que estamos,
E é sangrando que andamos.

Quase verdade

E o ritmo não muda!! O fluxo da vida segue.
Deixe as coisas acontecerem. É assim mesmo!!
Primeiro um sopro doce em meu ouvido,
depois a necessidade do acalanto.
E como preciso do calor que me afaga a pele
já não resisto a confundir com paixão.
Por que se não me decepciona a ponto de te esquecer,
tão somente uma nova chama lhe pode abafar em meu peito.
Pretendo até, consciente ou não,
que coexista por um tempo em mim com o que chega,
para que me prove que já não me basta.
É um jogo? Não sei.
Mas, a massagem suave em minha pele,

se não satisfaz, consola.
E vou me desfazendo, fazendo,
tecendo o que não sou.
Confunde-me, funde as vezes
o que não sou com o que pretendo.
Carne, fetiche, sonho e paixão.
Parece que não quer e não deixa.
Não larga!
Vou eu te deixar.
Não no meio da estrada, largada, desolada.
Sim na condução, em meio as pessoas e tumultos.
Talvez nem me perceba ir.
No máximo a ausência do perfume
e das cores que formavamos juntos.
Sonharei um novo amor!!!!!!
LeoVital